Solidariedade

Solidariedade hilbersongilo 23 de junho de 2022

Solidariedade

Nos núcleos de família ou na trajetória escolar das crianças, existem momentos de aproximação destes com outros pequeninos, onde algumas experiências são desencadeadas e, nestes momentos, as trocas são frequentes: mordidas, tapas, empurrões e brincadeiras. Correm os pais, os cuidadores aflitos e os desencontros são administrados para que eles fiquem bem. Geralmente esses atos são seguidos de conselhos, alguns abraços e logo os atores das discórdias estão brincando com cumplicidade e alegremente compartilhando seus brinquedos.

A vida caminha e os adolescentes geralmente em seus grupos, grandes ou restritos, caminham e tentam se apoiar, auxiliando uns aos outros na trajetória das descobertas e das experiências. Chegando à fase adulta, as escolhas sobre convivência, sobre amigos e colegas de trabalho ou da vida pessoal, se tornam mais acuradas, seja pela bagagem do mapa mental, seja pelas crenças e valores de cada um.

Chegar junto, deixar de lado ou socorrer será sempre um exercício diário de empatia, de colocar-se no lugar do outro, usando a sensibilidade e a atenção para compreender que as pessoas são diferentes e que nem sempre se dá conta de situações que precisarão de reforço, de orientação, de somar energias, de mais braços para que tudo se resolva. Esses esforços são necessários para qualquer situação. Até para as menos perceptíveis. 

Para que haja solidariedade é preciso inicialmente destituir-se das vaidades e chegar junto. O vaidoso acredita que, ao se manifestar, ele poderá arranhar a sua imagem e correr riscos, segurando com afinco a sua zona de conforto. Já o solidário, pelo contrário, age de forma simples, está sempre pronto para acolher e facilitar, posiciona-se sempre com carinho, delicadeza e sobriedade. Em resumo, ele quer ajudar.

A solidariedade prevê a mudança de foco. É sair de si para privilegiar o outro. É funcionar como esteio, apoio e porto seguro, base para alavancar a segurança tão necessária à construção de novos projetos e atitudes, gerando no mínimo segurança em quem recebe a atenção.

Ao final, aquele que se permite agir de forma solidária se exercita mais, refinando as suas formas de manifestar-se enquanto ator social, participante de organizações ou até mesmo no seu papel de cidadão.  Ele exerce o direito de ser na sua plenitude; vontade acelerada em sua máxima potência, desafio sendo concretizado e transformado em atitudes pragmáticas. Há que se ter a compreensão e visão da magnitude deste valor, porque em via de mão dupla os benefícios são repartidos igualitariamente para aqueles que acreditam em aproximações, em trocas de energias, em alinhamento de ideias e de ideais.

Profa. Criseida Alves Lima

Conselheira Acadêmica da UniJaguaribe

Escreva um comentário
Seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados *