Pulsão: energia psíquica profunda que direciona a ação até um fim, descarregando-se ao consegui-lo.
Nenhuma intenção de oferecer aqui interpretações psicológicas, mas de tecer algumas apreciações sobre o mais profundo desejo de fazer, de encontrar formas de sobrevivência para questões que sirvam para preservar a mais profunda vontade de pessoas comprometidas com o saber, o fazer, com o conhecimento.
Nesses últimos dois anos tem-se percebido que muitas Instituições de Ensino Superior se depararam com questões de sobrevivência e manutenção de suas atividades, por conta de uma variável dantes não imaginada, uma pandemia mortal, um vírus letal, que assolou a humanidade em todos os continentes. Sobre ele, muitas falas, estudos e ações. Mas aqui, nos debruçamos com um olhar diferenciado sobre soluções, sobre um motor invisível que de certa forma dominou um grupo expressivo de profissionais de uma IES jovem e que tomou para si a tarefa gigantesca de descobrir saídas para sobreviver e para fazer valer o seu discurso enquanto canal de repasse de conhecimentos científicos, de vivências sociais e de entregas reais. Nada fácil os momentos de turbulências, onde muitos usaram a sua máxima potência para reinventar-se, para exercitar-se enquanto grupo, para desaprender e desinstalar práticas consideradas obsoletas, para compreender que o novo momento local faz parte de um novo mundo global, rápido, frenético, com sede de respostas e soluções eficientes e eficazes.
Assim, devagar e silenciosamente, cada partícipe dessa IES foi exercitando-se nas suas vontades, nos seus desejos mais profundos e como um energético interior, começou a agir, a sair do seu recanto conhecido para tratar, com mais naturalidade, das novas possibilidades; sonhos mais palpáveis, às vezes menos encantadores, mas em compensação mais factíveis. Pensar na superação exige formas novas de desapego, de acomodações, de desenhos de vida, de revisão de necessidades e definição de prioridades. Assim, estamos hoje ligados por objetivos comuns, valores comuns, mas ações diferenciadas. Para cada lado, os colaboradores são imaginados como protagonistas de soluções. Enfim, as raízes das pulsões encontram-se entranhadas no coração e na mente de cada um, na capacidade de vislumbrar um futuro promissor e de fazer da história da instituição também a sua própria história. Possibilidades estas de caminhar positivamente com a força e a energia positiva de acreditar que além das dificuldades encontram-se as saídas e os feitos, as sugestões e as ações pragmáticas. Para além das acomodações, estão os apelos e as dificuldades das demandas externas. E a instituição precisa diuturnamente ter nas pessoas o seu maior recurso, o seu maior bem.
Pulsões de vida, pulsões de amor e de vontades. Pulsão da apropriação de um conhecimento do real e do possível. Sair do conforto, mover mentes e corações, acelerar emoções, mentes e razões. Está escrito neste DNA organizacional: nada será como antes. Tudo está em movimento, inclusive nós.
Profa. Criseida Alves Lima
Conselheira Acadêmica da UniJaguaribe
