Projeto Jaguar Esporte Clube de Canoa Quebrada recebe uniformes do IVJ/UniJaguaribe

Projeto Jaguar Esporte Clube de Canoa Quebrada recebe uniformes do IVJ/UniJaguaribe Rafael Lima 5 de agosto de 2022

Projeto Jaguar Esporte Clube de Canoa Quebrada recebe uniformes do IVJ/UniJaguaribe

Há um ano atrás, o Instituto Vale do Jaguaribe – IVJ e o Circo Canoa Criança semearam uma forte parceria para o Jaguar Esporte Clube Canoa Quebrada nascer e espalhar suas raízes pela bela comunidade praiana de Aracati. 

O projeto Jaguar Esporte Clube Canoa Quebrada entregou na segunda-feira (1) os uniformes de treinamentos para as crianças que fazem parte do Jaguar Canoa Quebrada.  Ao todo, mais de 70 crianças de 7 a 17 anos, receberam o manto do tigre.

Sob as orientações dos professores Kiki, Maurício e Argel, que também receberam seus uniformes como comissão técnica, além de Advando que é o presidente do Circo Canoa Criança que ajuda na administração do projeto, estreitando as relações entre as artes circenses e e o futebol de salão.

No ato da entrega,  cada olhar e  o marejar dos olhos permeava cada criança, sob a certeza de acreditar que o sonho se tornava realidade. A euforia tomou de conta da  entrega e no vibrar de cada emoção dos que ali se encontravam, entre pais, mães, avós, amigos, corpo técnico e algumas pessoas que chegavam e se encantavam com o que se via no momento. 

A vontade das crianças e dos adolescente do Jaguar Esporte Clube de Canoa foi tamanha que a  vontade de vestir o manto do Jaguar findava;  sair jogando pela quadra, pequena para o momento, transbordou os poros de tanta emoção. Os agradecimentos de quem acompanhou e acompanha cada etapa do processo, embalou e arrepiou a todas e todos os presentes.

A partir do Projeto Jaguar Esporte Clube, sob a responsabilidade do Instituto Vale do Jaguaribe (IVJ) e o Centro Universitário Vale do Jaguaribe (UniJaguaribe), via Curso de Educação Física como Projeto de Extensão, algumas reflexões provocam “coceira nas ideias”  e nos fazem pensar que:

1. O futebol, seja no campo e/ou no salão, para além das quatro linhas, torna compreensível a ideia de que o nome do atleta, o uniforme, a torcida do time e os protocolos que organizam e sistematizam as práticas esportivas, ganham vida e ressignificam vivências que até então, pareciam apenas sonhos movidos por grandes expectativas, concretizando  o experienciar enquanto fluxo e os desejos em se tornarem fulano,, ciclano etc., no universo competitivo e, às vezes, fútil do esporte.

2. Potencializa as alegrias da infância que, também, revelam-se estampadas nos adultos, sejam mães, pais, coordenadores, educadores, patrocinadores etc, construindo assim, pontes entre a família, a escola e a comunidade.

3. O mercado futebolístico (no campo ou na quadra), marcado por milhões que movimentam as equipes profissionais, sinta-se cutucado a dispensar o utilitarismo imediato dessa prática esportiva, redimensionando o olhar para as categorias de base, o brincar, as aprendizagens adquiridas nos treinamentos, as malícias secretas  e expertises necessárias que alinham realidades locais a contextos nacionais (e além destes), futuramente rentáveis e imprimindo uma lógica que antes de ser mercadológica é simbólica. Esta mobiliza sentidos do fazer futebol, em um país como o Brasil, que pode ser lido e interpretado pelo “tapete verde” por onde passa o gol, drible, ataque, a defesa e tudo mais que for preciso.

4. Por fim, entregar uniformes ao Jaguar Esporte Clube de Canoa, representa a “tapeçaria institucional” do IVJ/UniJaguaribe, a delicadeza dos detalhes no corte, na costura e demais detalhes da roupa que antes de ser um traje é a expressão máxima do lema “eu visto a camisa”; por sua vez,  o uniforme é o enfeite  tecido pelas trajetórias pessoais, sonhos, estudos e, principalmente, a constante construção de cidadãos-atletas.

Já que estamos em ano de Copa do Mundo, quando os olhares esportivos se voltam para o Catar, “expressão de um capitalismo contraditório”, mas eficaz em seus propósitos duvidosos, que tal ao torcer pela seleção brasileira, no lugar de se “fantasiar de Brasil”, perguntarmo-nos: “o que faz o brasil, Brasil? De onde vieram esses atletas que em nome do alto rendimento, jogam-se literalmente no desafiador jogo da vida esportiva? Quanto custou a alma de cada moeda investida em sua formação profissional? As respostas moram ao lado e a gente só precisa saber ler, compreender e investir nos pequenos-grandes projetos e nas pessoinhas-gente grande que brotam dos mesmos.

Que tal iniciar pelo nosso familiar Jaguar Esporte Clube? #ficadica

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