Mulheres que inspiram.

Mulheres que inspiram. Ana Carla 16 de março de 2023

Mulheres que inspiram.

Francisca Clotilde

Teatro Francisca Clotilde, em Aracati, no Ceará.


Francisca Clotilde Barbosa Lima nasceu em São João dos Inhamuns, hoje Tauá, Ceará, aos 19 de outubro de 1862.A sua família se mudou para a Serra do Baturité e de lá, ela passou a estudar em Fortaleza, capital da Província, no Colégio Imaculada Conceição, de onde saiu apta para o magistério.
Em 1884, por concurso público foi nomeada com o título de professora para a Escola Normal de Fortaleza. Concomitantemente ao trabalho de educadora, colaborou por meio da sua literatura às imprensas : Cearense, Gazeta do Norte, Pedro II, O Libertador, A Quinzena, A República, Almanaque do Ceará, no Ceará; também na imprensa de outros estados brasileiros, como por exemplo: Almanaque das Senhoras Alagoanas; O Lyrio, de Recife; A Família, de São Paulo e Rio de Janeiro etc. Ao ser demitida da Escola Normal (sua pena incomodava os poderosos) fundou externato próprio que funcionou em Fortaleza, depois em Baturité, de onde continuou colaborando na Imprensa, e por último em Aracati.
Além de poetisa, foi também contista, cronista, jornalista, dramaturga e romancista. Em 1902, Francisca Clotilde publicou o romance A Divorciada. Livro que chocou a sociedade por se tratar de um tema tão antifamiliar. Pioneira no tema “divórcio” na Literatura Brasileira.
A escritora, em 1908 transferiu-se com a família, o externato e a revista A Estrella para a cidade de Aracati, onde passou 27 anos de sua vida dedicados à educação da Zona Jaguaribana. Fundou nesta cidade o Externato Santa Clotilde, cujo educandário (para meninas e meninos) foi considerado um dos melhores colégios da região Jaguaribana por se destacar pela pedagogia aplicada, da utilização das artes, sobretudo o teatro nas atividades escolares, além do ensino da língua francesa.
No interior do Ceará, Clotilde implantou sua escola e esta funcionou até a sua morte. Ela era uma professora querida e respeitada pelos moradores. A alta sociedade local consentia que suas crianças deveriam estudar no educandário da professora Francisca Clotilde. A escritora no texto “A Mulher na Política” resgata
episódios bíblicos e históricos nos quais se destacam as figuras femininas: Débora, Judite, Ester, Clotilde, Joana D’Arc, Catharina de Médici, Théroigne de Mericourt, Mme. Roland, Carlota Corday – para embasar sua insatisfação com a colocação da mulher num plano inferior. Mais que isso, se insere na defesa da Liga Feminina, organismo criado para defender a candidatura do Coronel Marcos Franco Rabelo que, em conjunto com outras entidades da sociedade civil, teve papel decisivo na referida derrocada oligárquica (CUNHA, 2008, p.175).
Francisca Clotilde dedicou 53 anos de sua vida ao magistério, 27 deles no município de Aracati (CE), exercendo sua profissão até os últimos dias de sua vida. Faleceu aos 73 anos de um colapso cardíaco, a 8 de dezembro de 1935, em Aracati. fonte: https://www.recantodasletras.com.br/biografias/1789435

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